Chacina no Guarujá: diretora da Anistia Internacional critica 'pressa' de Tarcísio em avaliar operação
Chacina no Guarujá: diretora da Anistia Internacional critica 'pressa' de Tarcísio em avaliar operação
01 Aug
Chacina no Guarujá: diretora da Anistia Internacional critica 'pressa' de Tarcísio em avaliar operação
Em crítica ao governador, que não viu excesso em operação policial, Jurema Werneck demanda responsabilização por mortes
Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, lamentou "a pressa do governador de São Paulo em responder se houve excesso ou não" na megaoperação policial que matou, segundo o governo paulista, oito pessoas neste fim de semana no Guarujá (SP). De acordo com a Ouvidoria das Polícias, a chacina deixou 10 vítimas fatais.
A Operação Escudo, deflagrada na Baixada Santista desde a última sexta-feira (28) e com previsão de seguir por ao menos 30 dias, acontece em resposta ao assassinato do soldado Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na última quinta (27). Em coletiva de imprensa nesta segunda (31), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou as denúncias de tortura e execuções e elogiou a atuação da Polícia Militar (PM).
Para ele, não houve excessos.
"Estou extremamente satisfeito",que quem deve responder se houve excessos são "a Corregedoria, a Ouvidoria das Polícias e o Ministério Público de São Paulo, que é quem tem obrigação de fazer o controle externo da atividade policial"."É muito grave a morte de um policial, de um servidor público.
Mas não se pode responder nem com mais violência, nem com essa pressa. É um caso muito sério, a Ouvidoria fala em 10 mortos, torturas, ameaças.
Então é preciso que o governador lembre das suas obrigações", enfatizou a diretora da Anistia Internacional
Ao lado do governador, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), se referiu às oito pessoas mortas pelos agentes estatais como "criminosos".
Em seguida, no entanto, disse que apenas quatro delas foram identificadas até o momento. Nenhuma das identidades foi revelada.
"A gente precisa saber", , que é também médica, ativista do movimento de mulheres negras e cofundadora da ONG Criola. "Quem morreu, por que morreu, quem matou, por que matou? E quem vai ser responsabilizado por isso?
Quem decide as penas de qualquer pessoa é a Justiça e não existe pena de morte no Brasil", recordou.
Chacinas praticadas pelo Estado contra jovens periféricos como vingança à morte de policiais são recorrentes na história recente de São Paulo. Os chamados ocorridos em 2006 depois que ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) mataram 59 agentes da Força de Segurança, são emblemáticos. Em revide, policiais exterminaram 505 pessoas. A luta por justiça originou o Movimento Mães de Maio. Em agosto de 2015, dias depois que um policial e um guarda civil municipal foram mortos,
:A repetição de casos como esses, refletiu Jurema, acontece por uma conjunção de fatores.
"É uma sequência de desrespeitos à legislação, de descontrole da atividade policial, de falhas profundas na garantia do direito à segurança pública de todos e todas", elencou.
"Por outro lado, a discriminação, o racismo e a falta de políticas adequadas nas periferias. As pessoas são tratadas como se não fosse seres humanos", .
Citando os crimes de maio, a diretora da Anistia Internacional opina que "não dar resposta a estas situações de brutalidade policial contribui para isso".
Porém, defendeu ela, "uma investigação correta, rápida, com transparência, que responsabilize os envolvidos, na qual haja justiça e reparação, contribui para que isso não se repita.
E é preciso chamar a responsabilidade do governador.
Ele como chefe das polícias tem que garantir segurança e tranquilidade a todos que moram no estado".
Caso Marielle e Anderson Ainda a respeito da investigação de casos de violência envolvendo agentes do Estado, foi questionada sobre como vê as novidades na investigação
O BRASIL TEM UMA POLICIA QUE PRECISA SER DIZIMADA ELA TEM UM APARATO DE EXTERMINIO,,,,