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09 Oct
Recorde de trabalhadores sem registro em carteira ‘contamina’ queda do desemprego

Recorde de trabalhadores sem registro em carteira ‘contamina’ queda do desemprego

País tem agora 9,7 milhões de desempregados. Renda estaciona em relação a 2021

  1. A taxa de desemprego no país recuou para 8,9% no trimestre encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, 

  2. O percentual é equivalente a igual período de 2015, depois de atingir os maiores níveis da série nos últimos anos. Assim, o número de desempregados foi estimado em 9,694 milhões, menos 4,180 milhões (-30,1%) do que há um ano. Porém, o resultado é contaminado por uma base de comparação fraca e a alta informalidade

  3. .Por exemplo, o total de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,160 milhões, o maior número da série histórica, iniciada em 2012. Cresceu 16% em um ano – acréscimo de 1,8 milhão. No mesmo período, o emprego com carteira subiu 9,4%, atingindo agora 35,975 milhões de pessoas.

  4. Conta própria e serviço doméstico

    Os trabalhadores por conta própria agora somam 25,869 milhões. Estabilidade no trimestre e crescimento de 2,4% em 12 meses. Já os trabalhadores domésticos, um setor ainda marcado pela informalidade 

  5. (75% sem carteira), somam 5,851 milhões, 10,5% a mais em relação a igual período de 2021.Com isso, a população ocupada chega a 99,013 milhões, também recorde da série. Cresce 1,5% no trimestre e 7,9% no ano. 

  6. Ao mesmo tempo, a taxa de informalidade segue elevada: 39,7% (40,6% há um ano). São 39,3 milhões de pessoas nessa situação, de acordo com a Pnad Contínua.

  7. Alguns setores de atividade se destacaram em relação ao emprego. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, por exemplo, cresceu 10,4% em um ano. E os serviços de alojamento e alimentação tiveram alta de 14,2%. O único segmento com queda foi o da agropecuária (-2,1%, que o IBGE considera como estabilidade).

    Desalentados e renda

    Além disso, a taxa de subutilização é agora de 20,5%, caindo 6,6 pontos percentuais em 12 meses. Os subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar, agora são 23,934 milhões. 

  8. E o desalentados chegam a 4,268 milhões, queda de 18,5% na comparação anual. Eles representam 3,8% da força de trabalho.Estimado em R$ 2.713, o rendimento médio cresceu 3,1% no trimestre. E ficou praticamente estável (-0,6%) em 12 meses.

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