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26 Jan
Por que os EUA e a OTAN querem guerra com a Rússia


  1. Por que os EUA e a OTAN querem guerra com a Rússia


  2. O que fará a União Europeia se a Rússia invadir a Ucrânia?

    Invasão russa à Ucrânia é, para muitos, uma possibilidade cada vez mais clara. No caso de haver uma incursão, que consequências trará para a UE? Que sanções seriam aplicadas à Rússia e em que casos?
  3. A Rússia concentrou 100 mil tropas junto à fronteira com o país, e a NATO está a enviar navios e aviões de combate para a Europa de Leste, contrariando as exigências do Kremlin, que quer essas forças removidas.Para a Europa, isto representa um dilema sério: E se as tropas russas passarem a fronteira e invadirem a Ucrânia?Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) concordaram que "quaisquer agressões militares pela Rússia à Ucrânia terão consequências e custos severos", de acordo com um comunicado conjunto.É retórica antiga. Mas de que consequências, ao certo, estamos a falar?

    Sanções e ações

    Numa cimeira em dezembro, os líderes da UE concordaram com o princípio de aplicar medidas punitivas à Rússia, mas discordaram acerca do que essas medidas poderiam ser.A Alemanha, a Áustria e a Hungria estão mais ligadas à economia russa do que, digamos, Portugal ou os Países Baixos. Como a UE precisa de unanimidade para avançar com ações políticas, a única coisa que a Comissão Europeia tem neste momento na gaveta é uma série de possíveis sanções.Separatistas pró-russos lutam contra soldados ucranianos há vários anosDiplomatas europeus que estiveram a preparar as sanções disseram que estas seriam aplicadas num prazo de 48 horas em caso de invasão. No entanto, teriam de ser coordenadas com os EUA e o Reino Unido, que também anunciaram planos não especificados para medidas punitivas.Não se sabe ainda se esses planos incluem a exclusão da Rússia do sistema global de transferências eletrónicas SWIFT ou o fim do gasoduto entre a Rússia e a Alemanha, o Nord Stream 2."Sancionar a Rússia também pode ter consequências para a UE porque as economias estão interligadas", diz Amanda Paul, especialista em segurança do Centro de Políticas Europeias, um grupo de pesquisa que promove a integração na UE."Pode haver que alguns Estados-membros não estejam interessados em pagar", afirma a especialista.
  4. Segundo Paul, as autoridades teriam de considerar a possibilidade de refugiados ucranianos serem forçados a entrar em território da UE e o possível alastramento da desestabilização no país a toda a região do Mar Negro.Gustav Gressel, pesquisador do Conselho Europeu de Relações Exteriores, considera que só sanções severas poderão mudar a posição do Presidente russo, Vladimir Putin.0 seconds of 0 secondsVolume 90% Assistir ao vídeo05:19

    Tensão na Ucrânia: Movimentações russas geram alerta, mas o que fará a NATO?

    "Ele preparou-se para os custos que a Rússia teria de enfrentar em caso de sanções económicas", diz Gressel em entrevista à DW. "Só duras sanções que visem o setor energético atingiriam a Rússia. Outras medidas são mais um incómodo do que um obstáculo, e Moscovo está confiante de que consegue contorná-las", explica.

    Especificar "invasão"

    Neste momento, um dos maiores debates em Bruxelas está centrado em torno da necessidade de clarificar o que espoletaria as sanções da UE.Será que isso implicaria uma invasão militar, com tropas russas a atravessar a fronteira da Ucrânia? Ou uma infiltração de "pequenos homens verdes", uma referência a soldados sem insígnias nacionais nos seus uniformes, como foi o caso durante a invasão da Crimeia?Soldados sem insígnia em frente ao Parlamento da Crimeia, em março de 2014Ou será que a "linha vermelha" para a UE seria o aumento da violência no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia dominam vários territórios graças a financiamento russo? Ou seria um ciberataque contra infraestruturas vitais ucranianas?Ainda não é claro. Mas os especialistas concordam que a resposta dos EUA e dos parceiros europeus deveria ser conjunta.Ian Lesser, vice-presidente do Marshall Fund Alemão diz que, "sem coesão entre a Europa e os EUA, Moscovo terá - ou sentirá que tem - carta branca". Na"separar os parceiros transatlânticos é tão importante como a própria Ucrânia", explica Lesser.

    NATO mantém política de "portas abertas"

    Para retirar as tropas na fronteira ucraniana, a Rússia exigiu à NATO que afastasse os soldados do Leste europeu, além da garantia de que a Ucrânia e a Geórgia nunca se juntem à organização.A NATO insistiu que decisões acerca da segurança de cada país são soberanas e que não mudará a sua política de "portas abertas".No entanto, Lesser acredita que, nos bastidores, há opiniões diferentes: "Na verdade, há muito pouco entusiasmo por parte da UE ou da NATO para que a Ucrânia se junte à organização. Há quem veja um compromisso com a Ucrânia como um problema de segurança", refere.
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