PESQUISAS ELEITORAIS SAO FEITAS PRA CONFUNDIR UM POVO DESPOLITIZADO E NAO SAO REGISTRADO NO TSE
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26 Nov
PARA NAO PASSAR VERGONHA 7 coisas que você precisa saber antes de ler uma pesquisa eleitoral de 2022
Evite erros comuns cometidos na leitura de levantamentos e entenda como fazer análises mais consistentes
há uma profusão cada vez maior de institutos e empresas de pesquisa divulgando estudos sobre a disputa presidencial.
Para facilitar a leitura dos levantamentos, 7 coisas que você precisa saber antes de comemorar ou lamentar os resultados.A reportagem se inspirou em uma publicacao pelo site Americano , dos Estados Unidos, especializado em dados e pesquisas de opinião.
O texto, no entanto, foi substancialmente modificado para a realidade brasileira. A proposta é servir como um guia para evitar erros comuns na leitura de levantamentos eleitorais.1) Tendências são mais importantes do que os próprios resultadosA primeira coisa que você deve fazer ao ler uma pesquisa eleitoral é verificar qual foi a data anterior que o mesmo instituto publicou um estudo sobre o tema.
A informação mais precisa que você pode extrair de um levantamento é a tendência da pontuação de cada candidato (crescimento, queda ou estabilidade). Isso ocorre porque os estudos se tornam mais confiáveis quando se repetem periodicamente, o que minimiza as possibilidades de erro
2) Pesquisas são fotografias do momento, não uma previsão de vencedorO cenário político-eleitoral sempre pode mudar muito entre a aplicação de uma pesquisa e o dia da votação. Os estudos tornam-se gradualmente mais precisos quanto mais você se aproxima da eleição.
Por isso, é preciso levar em conta que as pesquisas são “fotografias” do momento, e não uma tentativa de “acertar” o vencedor do pleito. Vários artigos acadêmicos apontam que muitas pessoas se decidem apenas na hora da votação, o que as pesquisas não são capazes de captar.
Em 2018, o DataFolha mostrou que 12% dos eleitores decidiram o voto para presidente no dia da eleição.3) Pesquisa sem registro no TSE em ano eleitoral é crime e deve ser denunciadaO registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é obrigatório em ano eleitoral. Nos anos ímpares, quando não há eleições, o credenciamento dos levantamentos junto ao Tribunal não é necessário. No entanto, essas pesquisas só podem ser divulgadas até dezembro do ano anterior às eleições.
É possível acompanhar online as inscrições, detalhes metodológicos, pesquisador responsável e data de aplicação das pesquisas eleitorais feitas no próprio ano de realização dos pleitos na Consulta de Pesquisas Eleitorais do TSE.4) Comparar resultados de pesquisas eleitorais de institutos diferentes é um erroCada instituto ou empresa de pesquisa adota uma metodologia própria, o que leva a variações nos resultados. Só é possível falar que um candidato “cresceu” ou “caiu” se a referência for uma pesquisa do mesmo instituto.
Por exemplo: se Bolsonaro marca 34% das intenções de voto em pesquisa do DataFolha em uma segunda-feira e, na sexta-feira, o PoderData aponta 54% das intenções de voto, está errado dizer que o presidente cresceu 20 pontos percentuais.
O crescimento ou a queda só podem ser aferidas a partir do levantamento imediatamente anterior do mesmo instituto ou empresa.5) Preste atenção aos resultados que coincidem, não aos números “fora da curva”Caso o resultado de uma pesquisa seja diferente do que a maior parte das outras vêm mostrando, é preciso tratar com cuidado. Embora uma pesquisa atípica possa representar o início de uma nova tendência (especialmente após um grande fato político), elas podem representar erros metodológicos.
Nesses casos, é mais adequado se ater à média das diferentes pesquisas, o que reflete com mais precisão os resultados.6) Distância entre dois candidatos considera a margem de erro para os dois Na prática, isso significa que se algum candidato aparecer com 42% dos votos, e a margem de erro for de 3 pontos percentuais, ele pode ter de 39% a 45% das intenções de voto. Se o segundo colocado aparecer com 36% das intenções de voto, apesar de numericamente distantes, eles estão tecnicamente empatados, pois deve ser considerada a margem (33% a 39%).
Como os dois candidatos podem estar no limite da faixa de erro, não é possível dizer que um “está à frente”, “lidera” ou “ultrapassa” o adversário.7) Margem de erro é sempre em pontos percentuais, não em porcentagemAs pesquisas respeitáveis sempre terão uma margem de erro.
O número deve ser apontado em pontos percentuais, nunca em porcentagem. Isso quer dizer que se um candidato tiver 50% das intenções de voto, é preciso somar 3 pontos ao valor numérico (53%) ou subtrair 3 pontos ao mesmo valor (47%), pois a porcentagem se baseia no total do eleitorado (100%), e não na pontuação do candidato (50).