O QUARTEL MUNDIAL DAS DROGAS O BRASIL ESTA NO MEIO E NO CONTROLE IMPERIALISMO
O QUARTEL MUNDIAL DAS DROGAS O BRASIL ESTA NO MEIO E NO CONTROLE IMPERIALISMO
14 Nov
Por trás do combate às drogas no Brasil existe racismo e imperialismo dos EUA,
Segundo estudo, Brasil é o país que pior aplica políticas antidrogas entre 30 nações pesquisadas
.Ao entendre o que leva o país a ocupar um lugar tão baixo no ranking.
De com a search do Global Drug Policy Index, o Brasil tem a pior política de drogas do mundo, ficando em 30º lugar e atrás de nações como Afeganistão, Uganda e Indonésia.
A pesquisa corta nota de 0 a 100 para cada país, de acordo com critérios como existência ou não de pena de morte, descriminalização e financiamento de políticas de redução de danos,
.Um outro critério avaliado foi a prevalência de assassinatos extrajudiciais por agentes da lei, atividade que constou em vários países, como o México, mas que no Brasil foi considerado , de acordo com o estudo.
Para ex-diretora do sistema penitenciário do Rio de Janeiro e ex-ouvidora da polícia, a socióloga Julita Lemgruber, citada pela mídia, "a guerra às drogas, no Brasil, tem sido uma desculpa
.O país que somou maior pontuação, ou seja, o lugar do globo onde políticas de drogas têm sido melhor aplicada foi a Noruega, com 74 pontos.
Já o Brasil, último colocado, 26. A média global foi de 48 pontos. Internacionais para entender por que o Brasil teve uma pontuação tão baixa e o que é preciso ser mudado nas diretrizes antidrogas do país.Movimento de usuários de droga na Cracolândia, no centro de São Paulo não foi uma surpresa, uma vez que "a política de No Brasil é historicamente repressiva e punitiva , utilizando, ainda hoje, o modelo exportado pelos EUA na metade do século XX, que é a 'política de guerra às drogas' "." Interpreto essas drogas política de guerra aos narcóticos como o uso repressivo da força para criminalizar algumas drogas em detrimento de outras. "
O especialista saliente que se refere a "algumas drogas" porque a palavra droga envolve não só , cocaína, etc, mas também os remédios ansiolíticos, por exemplo.
Entretanto, "esses remédios ou outros que estamos acostumados a pensar como drogas lícitas, eles não têm o mesmo tipo de enfoque político que tem a maconha".
"Nos EUA houve um esforço político e de atores privados, como a indústria farmacêutica, para criminalizar algumas drogas e outras não.
As criminalizadas, são as que não é possível ter um controle sobre elas, as que não foram criminalizadas, são as que o governo teria mais chance de controlar e obter lucro em cima ", explicou Jordão.
O termo "pacificação", muitas vezes utilizado em algumas operações antidrogas nas favelas do Rio de Janeiro, seria provado dessa mesma política , pois o termo foi criado para "realizar um controle sobre uma ordem social e esses narcóticos tachados como proibidos, além de criminalizar grupos que estão ligados ao uso e dessas drogas "
"O fato de o Brasil estar no fim desse ranking é o resultado de uma política que se aplica com violência, através do racismo estrutural, a truculência da polícia, o uso da prática estatal para fins que muitas vezes não respeitam os direitos humanos.
Essa política se encaixou perfeitamente no intuito dos EUA em criminalizar alguns grupos e algumas drogas no nosso país. "
Drogas como questão de saúde pública
Países desenvolvidos com alto IDH e PIB também conhecidos com uma pontuação baixa na pesquisa do Índice de Política Global de Drogas, e Jordão explica que, nessas nações, a política norte-americana foi de grande influência para que o tema seja tratado de forma não adequada. "
Podemos pegar o exemplo de Portugal, que é considerado referência no tratamento de drogas por enxergar o assunto como uma questão de saúde pública, onde todos os narcóticos são descriminalizados desde o início do século XXI, e lá, os números de consumo e de mortes relacionados à violência ou uso de drogas são muito mais baixos que no Brasil
", exemplifica
.Para Jordão, é necessário tirar as drogas de uma esfera criminal e levar para a esfera de saúde pública e, enquanto isso não for resolvido, pesquisas como essas sempre vão mostrar números baixos e negativos.
"O lucro das indústrias farmacêuticas, que sempre conduzam essa política de controle, é altíssimo com as drogas que eles ajudaram a definir como sendo os narcóticos históricos para a comercialização.
Portanto, apesar de haver alguns avanços, esses resultados ainda são uma marca dessa política global de controle e criminalização. "
O especialista destaca que não só as políticas devem mudar, como também é necessário um debate público e global mais amplo para "recriar e ler o conceito de regulação das drogas".
Violência de agentes públicos
Na pesquisa, foi relatado que o Brasil apresenta um alto número de casos de violência no combate às drogas, sendo um problema tão forte que se tornado "endêmico".
Entretanto, na visão do especialista, essa questão não é endêmica somente ao Brasil "por exemplo, no México, o problema é na mesma intensidade"
. "Vale lembrar que o México ocupa um lugar central na geopolítica dos EUA por ser um país vizinho e também por ser um grande distribuidor de drogas ilícitas como a cocaína e, mais recentemente, os derivados da papoula. […]
O país sempre foi muito influenciado pela política antidrogas dos EUA. "
O especialista relata que em 2007 foi criado um acordo militar, nomeado Iniciativa Mérida, entre Estados Unidos, México e os países da América Central, com o objetivo de corrigir como correção do narcotráfico, crime organizado transnacional e lavagem de dinheiro.
O pacto inclui treinamento, equipamentos e inteligência.