O Instagram foi considerado a pior rede social quando se trata de impacto negativo para os jovens, já o YouTube apresentou aspectos mais positivos em termos de saúde mental, seguido por Twitter e Facebook e Snapchat.
- Qual a influência do Instagram na vida das pessoas?A pesquisa constatou que as redes sociais são mais viciantes que o cigarro e o álcool e, entre elas, o Instagram é a que mais prejudica as pessoas, afetando a autoestima, a autoimagem, o sono e causando vários outros malefícios. Não chega a ser tão surpreendente.
- Entre as causas mais reconhecidas da dependência das redes sociais se encontra a baixa autoestima, a insatisfação pessoal, a depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto, carência que muitas vezes os adolescentes tentam preencher com os famosos likes.
- O Instagram diz que oferece ferramentas e informações sobre como lidar com bullying e avisa os usuários sobre conteúdos específicos de algumas páginas.A pesquisa afirmou que "as redes sociais podem estar alimentando uma crise de saúde mental" entre jovens.
'Depressão profunda'
Isla é uma jovem de 20 e poucos anos. Ela ficou "viciada" em redes sociais durante a adolescência quando estava passando por um momento difícil de sua vida."As comunidades online me fizeram sentir incluída, como se a minha existência valesse a pena", diz. "Mas eu comecei a negligenciar minhas amizades na 'vida real' e passava todo o meu tempo online conversando com meus amigos lá"."Eu passei por uma depressão profunda quando tinha 16 anos, ela durou meses e foi terrível. Durante esse período, as redes sociais me fizeram sentir pior, eu constantemente me comparava com outras pessoas e isso fazia eu me sentir mal", conta a jovem."Quando eu tinha 19 anos, tive outro episódio de depressão profunda. Eu entrava nas redes sociais, via meus amigos fazendo várias coisas e me odiava por não conseguir fazê-las ou me sentia mal por não ser uma pessoa tão boa quanto eles".- É interessante ver Instagram e Snapchat nas piores posições para saúde mental e bem-estar - ambas as plataformas são bastante focadas em imagem e parecem causar sentimentos de inadequação e ansiedade nos jovens", diz Shirley Cramer, executiva-chefe da RSPH.Com base nessas descobertas, especialistas em saúde pública estão pedindo para que as plataformas de redes sociais introduzam uma série de checagens e medidas para melhorar a saúde mental, incluindo:
- Avisos de que as pessoas estão fazendo uso excessivo das redes sociais (apoiada por 70% dos jovens que participaram da pesquisa);
- A identificação, por parte das plataformas, de usuários com problemas de saúde mental (pelo conteúdo de postagens) seguida de "indicações discretas sobre como eles podem conseguir apoio";
- Sinalização de quando as fotos foram digitalmente manipuladas - por exemplo, marcas de roupa, celebridades e outras organizações publicitárias poderiam utilizar um pequeno ícone nas fotos alteradas digitalmente.A verdade é que, no parecer de muitos especialistas, o uso das redes sociais — incluindo aplicativos de mensagens instantâneas — pode chegar a criar sérias dependências com suas respectivas consequências: ansiedade, depressão, irritabilidade, isolamento, distanciamento da vida real e das relações familiares
Um slide de 2019 aponta que o aplicativo piorou os problemas de imagem corporal para uma em cada três garotas. Outros dados mostram que elas culpam a plataforma pelo aumento nas taxas de ansiedade e depressão.
- Apesar de muitos pontos positivos, a ferramenta vem desencadeando diversos problemas alarmantes como depressão e ansiedade; uma pesquisa da Sociedade Real para Saúde Pública na Grã-Bretanha apontou que o Instagram é a rede social mais perigosa para a saúde mental