Liberdade de expressão não inclui discurso de ódio”.
Atento para alguns de seus argumentos.“(…) todos têm direito de ter direitos e de gozar de estima social, logo, de não serem humilhados, ofendidos e discriminados na fala de quem os odeia e despreza”, ele pontua.
O problema com esse apontamento é que quase sempre as pessoas exibem ideias diferentes quanto ao que seja uma ofensa.
Para muitos, especialmente aqueles que mais comumente se proclamam o “exército do amor e da justiça social”, a mera existência de quem dissente de suas pregações é uma ofensa cabal, com as proporções de uma heresia criminosa.
A discordância de princípios é encarada como uma agressão existencial.
A diferença que o autor procura estabelecer entre “ofensas” e “desprezo”, de um lado, e “opiniões desagradáveis”, de outro – vedando legalmente a manifestação das primeiras e autorizando as últimas -, é extremamente vaga e ineficaz para proteger a liberdade que ele pretende resguardar.
Conferir ao Estado o poder de arbitrar essa diferença é muito mais perigoso que conviver com os efeitos colaterais de não o fazer.
É perfeitamente desejável que se defendam valores morais como respeito e tolerância.
O que não é desejável é que se enxergue no Estado a instância moral responsável por garanti-los. Ele não é capaz disso e usará esse poder que lhe é concedido para fazer precisamente o oposto: esmagar a divergência.
Conforme sintetizando a visão de Edmund Burke, o governo deve ser limitado e prestar contas aos contribuintes, não agir como que investido da missão de nos “libertar” de nossos “preconceitos e disposições”.A PERFEITA SIMETRIA DE UM MUNDO DIFERENTE PARA AQUELES QUE SE PRENDEM NESSA NARRATIVA ,,