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23 Feb
LULA VOTA  E  Rússia avalia proposta pela paz na Ucrânia

Rússia avalia proposta de Lula pela paz na Ucrânia

Ministério russo do Exterior elogia "postura soberana" do Brasil ao "rejeitar pressão dos EUA" para enviar armas a Kiev


A Rússia avalia uma proposta para promover a paz na Ucrânia feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que, levando em conta as condições nas frentes de batalha, afirmou o vice-ministro russo do Exterior, Mikhail Galuzin.

"Notamos as declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação com o objetivo de encontrar meios políticos de evitar uma escalada na Ucrânia, corrigir erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e levar em conta os interesses de todos os atores" 

.Lula sugeriu a criação de um "clube da paz", que seria formado por países não envolvidos na guerra na Ucrânia, para tentar encontrar uma solução diplomática para o conflito

.O presidente apresentou a ideia ao chanceler alemão, Olaf Scholz, e ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que manifestaram pouco interesse na proposta.

 Os dois países apoiam Kiev militarmente, com o envio constante de equipamentos militares como tanques de guerra e sistemas de mísseis, e já avaliam o fornecimento de aviões de combate às forças ucranianas.

O vice-ministro russo exaltou a importância da perspectiva do Brasil, que a Rússia considera um parceiro estratégico em termos bilaterais e globais. "Interagimos construtivamente nos Brics [grupo de países que inclui Rússia, Brasil, China, Índia e África do Sul], G20, ONU e no Conselho de Segurança", afirmou Galuzin."Postura soberana" do BrasilSegundo a agência Tass, o governo russo vê com bons olhos o fato de o Brasil não enviar armas à Ucrânia, apesar da "pressão dos EUA"

."Gostaria de destacar que a Rússia valoriza o posicionamento equilibrado do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas unilaterais coercitivas adotadas pelos EUA [...] e a recusa de nossos parceiros brasileiros a fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev", 

"Vemos como Washington pressiona o Brasil. Esse posicionamento soberano merece respeito"

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