Lula avança na privatização de presídios em parceria com os governos estaduais
Lula avança na privatização de presídios em parceria com os governos estaduais
01 Aug
Governo Lula avança na privatização de presídios em parceria com os governos estaduais
O Governo Lula-Alckmin anuncia como conquista de seus primeiros 6 meses de governo a "desestatização do sistema prisional" (que nada mais é do que a privatização dos presídios em parcerias com Governos Estaduais através de Parcerias Público Privadas).
O Estado pagará por dia para essas empresas de acordo com o número de presos encarcerados, o BNDES irá investir na construção de novos presídios, e o Tesouro cederá isenções fiscais milionárias via via decreto, além disso os presídios privatizados poderão explorar a mão de obra dos presos como bem entenderem para gerar aí também outros lucros patronais.
Trata-se um cópia do sistema norte-americano criticado pelo movimento negro e por intelectuais.
Esse descalabro, defendido antes pelo governo Bolsonaro, sem sucesso em aplicá-lo, vem a público hoje sob Lula sem nenhuma crítica de escancarando seu comprometimento com as politicas do governo mesmo quando evidentemente reforçarão o racismo.
Trata-se de colocar o encarceramento em massa como uma ferramenta de repasse de dinheiro público ao setor privado.
Lucrar com o racismo tão expresso no sistema judicial e penal do país.Mais e mais negros e pobres são presos cada ano, uma boa parte sem sequer julgamento.
Lula quer que isso vire um grande mercado para os capitalistas. É a transformação do racismo institucional diretamente em lucro.
Ou seja, se trata de uma privatização para que empresários amigos lucrem com o racismo.
E quanto vale a vida de um jovem negro preso por dia?
O presídio privado de Erechim, no RS, uma parceria do governo estadual de Leite, está com edital aberto onde oferecem R$233,01 por cabeça presa ao dia.
Essa absurda empreitada de Lula deve ser respondida pelos setores da esquerda com um forte programa de combate ao racismo, levantando a necessidade da legalização de todas as drogas, libertação de todos detidos sem julgamento, direito a julgamento com juris populares com maioria negra e pobre, como a maioria dos presos do país.
Esse combate deve avançar também ao combate às assassinas operações policiais e batalhões especiais rumo ao fim das polícias.