GRANDES BANCOS CONTINUAM A DESTRUICAO DA AMAZONIA E CERRADO NO BRASIL
GRANDES BANCOS CONTINUAM A DESTRUICAO DA AMAZONIA E CERRADO NO BRASIL
30 May
Os sete maiores bancos da Suécia investem e financiam 27 das 61 empresas de alto risco socioambiental que produzem, usam e vendem carne bovina e soja, que são os principais motores do desmatamento, em especial, em regiões da Amazônia e do Cerrado no Brasil.
Este diagnóstico faz parte do relatório Realizado pela o estudo traz informações de impacto sobre o Brasil e aponta que as instituições financeiras internacionais estão agravando as mudanças climáticas na região, por cometerem abusos e violações dos direitos humanos, que levam à perda de biodiversidade e riscos para a saúde pública.
Nos últimos cinco anos, os bancos Nordea, Danske Bank, SEB, Handelsbanken, Swedbank, Länsförsäkringar e Skandia investiram o equivalente a R$ 6 bilhões nessas empresas e realizaram um total de aproximadamente R$ 1,5 bilhões em empréstimos.
Entre as empresas relacionadas estão as multinacionais de soja Archer Daniels Midland, Cargill e Bunge e o Carrefour, que vende carne da Amazônia.
Com a proximidade da COP 26, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, o Fair Finance Internacional (que integra a coalizão da Suécia e também do Brasil, pelo Guia dos Bancos Responsáveis, no Brasil) assinou uma carta em defesa O, representante especial para ação climática e finanças no evento
."O mundo todo ainda caminha a passos lentos em direção à maior pressão de investidores e acionistas sobre as consequências de suas ações no meio ambiente e isso por si só já deveria ser preocupante", .
A mais recente avaliação de políticas de responsabilidade socioambiental dos nove maiores bancos do país, realizada a cada dois anos pelo Guia dos Bancos Responsáveis (GBR), mostrou que as instituições financeiras minimizam o investimento em atividades de impacto socioambiental positivo.
Entre os bancos analisados no Brasil estão Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, BV, Caixa, Itaú, Safra, Santander e BNDES. No estudo do GBR, estes nove bancos pontuaram com uma média de apenas 14% no tema de Mudanças Climáticas.
Neste ano, revelou que bancos brasileiros não ficam para trás em financiamentos e investimentos que contribuem com o desmatamento da Amazônia e Cerrado. Banco do Brasil, Bradesco e Itaú-Unibanco financiam frigoríficos nacionais, com recursos do BNDES, que possuem irregularidades.
De acordo com a reportagem, que utilizou dados de pesquisa da as empresas Masterboi, São Franscisco, Ribeiro Soares, Fortefrigo, Mercúrio (Pará) e Carnes Boi Branco (Mato Grosso) são acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de compra de fazendas desmatadas, utilização de mão de obra escrava, e sobreposição de pasto em unidades de conservação e territórios indígenas.