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04 Jul
Falta de transparência em estados amazônicos impede que extração madeireira seja checada
  1. Falta de transparência em estados amazônicos impede que extração madeireira seja checada

  2. Também nesta edição, estudo sobre termelétrica alerta para a expansão de “fontes sujas” de energia

  3. BRASIL E UM PAIS ARRAZADO E NADA SE FAZ ,,,


  4. Um estudo realizado pela rede Simex, integrada por quatro organizações de pesquisa ambiental, que analisaram a evolução da atividade madeireira na Amazônia entre 1980 e 2020, revelou a falta de transparência de dados do setor madeireiro dos nove estados que abrigam a floresta

  5. .Os estados foram avaliados em seis indicadores relacionados à divulgação de dados das autorizações para exploração florestal, além do documento de origem florestal e da guia florestal, obrigatórios para o transporte e o armazenamento de matérias-primas, produtos e subprodutos florestais, desde o local da extração ou beneficiamento até o destino final.Acre, Amapá e Maranhão foram considerados os piores na avaliação de transparência por não divulgarem nem as autorizações nem os documentos de transporte. Roraima e Tocantins disponibilizam os dados das autorizações, mas de forma incompleta e desatualizada, além de não divulgarem informações sobre o documento de origem florestal.

  6. O mesmo cenário foi encontrado no caso de Rondônia, o que é ainda mais preocupante, já que o estado concentra a terceira maior área com extração de madeira na Amazônia.Segundo estado com a maior área de exploração madeireira na região, o amazonas disponibiliza os dados e autorizações de forma atualizada, porém incompleta, e também não divulga informações sobre o documento de origem florestal. Já o Pará possibilita o acesso aos dados, mas apenas as autorizações são atuais e completas.A exceção foi o mato grosso, estado responsável por mais da metade da área com exploração madeireira na Amazônia. Os dados das autorizações e das guias florestais são acessíveis e atuais, mas, devido ao grande volume de informações, não é possível fazer um download único da base de dados.Vinicius Salgueiro, coordenador de inteligência territorial do Instituto Centro de Vida, uma das entidades responsáveis pelo estudo, explica que a falta de transparência de informações sobre a cadeia madeireira dos estados impede a fiscalização para saber o que foi extraído de forma legal e ilegal.Outro cenário apontado pela pesquisa é a migração da extração madeireira para regiões mais centrais da Amazônia. Antes, a atividade se concentrava ao leste do Pará. Agora, os principais polos de produção estão localizados ao longo do oeste do estado, além do sul do Amazonas e noroeste do Mato Grosso e do Acre.Segundo o pesquisador do Imazon, Dalton Cardoso, o avanço das atividades para outras regiões ameaça não apenas as áreas conservadas, como também a vida das comunidades tradicionais que vivem nelas. 

  7. O estudo também aponta para a necessidade de tornar o comércio de produtos da floresta mais sustentável por meio da Bioeconomia.Segundo números apresentados na pesquisa, o Brasil movimenta cerca de R$ 1,98 bilhão por ano com o comércio de produtos florestais não madeireiros, mas o mercado ainda sofre forte influência do açaí e da castanha do pará.A pesquisadora do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, Tayane Carvalho, aponta para outras soluções possíveis para manter a floresta de pé e o comércio funcionando.


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