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19 Mar
DE ONDE VEEM OS ALMENTOS QUE O POVO BRASILEIRO COME!

Recuperação econômica brasileira em 2018.A recuperação da economia brasileira em 2018 deve encabeçar o bom desempenho de toda a América Latina, estima .

 Depois de dois anos de recessão, a recuperação começou em 2017, e o principal campeão do PIB foi o agronegócio, que comemorou safra recorde de grãos, de 240,6 milhões de toneladas.No governo federal, a produção agrícola comercial de larga escala é apontada como o caminho para fora da crise. “

A retomada da economia está se dando pelo agronegócio. Ele está movimentando também a indústria de transporte, de caminhões, de pneus, de maquinário”, 

De toda essa produção agrícola, porém, pouco vai para a mesa dos brasileiros. Em 2017, o Brasil aumentou o volume do produto mais vendido pelo país: soja.Das 115 milhões de toneladas colhidas, 78% foram para a China.

 A exportação de milho também cresceu. “O milho brasileiro está se consolidando como grande commodity internacional”,

 .Quando se consideram alimentos consumidos no país, 70% vêm da agricultura familiar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São pequenos agricultores que plantam para abastecer a família e vendem o que sobra da colheita – como mandioca, feijão, arroz, milho, leite, batata.

Até fevereiro, agentes coletam em campo informações para um novo censo agropecuário, que deve dizer se esse percentual aumentou ou diminuiu nos últimos anos, Do campo à mesa O . “

Está tudo muito integrado. Agricultura no Brasil é uma só”, af “Quem produz comida é o produtor brasileiro: o pequeno, médio e grande.”Em documentos oficiais, no entanto, a divisão ainda é feita. Dados da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário apontam a existência de 4,4 milhões de agricultores familiares. 

Eles seriam responsáveis por 38% da produção agropecuária brasileira e empregariam 74% da força de trabalho.A diferenciação também é clara para pesquisadores. 

“No modelo de agronegócio, predomina a monocultura, ou um pequeno número de culturas, as chamadas commodities, enquanto r predomina a policultura e a produção de alimentos”, 

.“A agricultura empresarial é mais capital intensiva, faz uso de mais máquinas e insumos químicos e menos mão de obra, normalmente desenvolvida em propriedades maiores, voltada totalmente para o mercado”, 

Dinheiro para quem produzAs distinções também orientam os incentivos federais. Em 2017, o governo anunciou R$ 30 bilhões de crédito até 2020 para o Plano Safra da Agricultura Familiar – o que daria cerca de R$ 7,5 bilhões por ano. Para médios e grandes produtores, foram liberados R$ 190 bilhões no ano.Segundo  os recursos contemplam todos os perfis. 

“O pequeno também é beneficiado por esse recurso. Não quer dizer que os R$ 190 bilhões vão só para o médio e grande, a soma contempla também o pequeno”, argumenta

.Essa informação parece não ter chegado ao estado da Bahia, onde se encontra o maior número de agricultores familiares do país.“Entendi há pouco tempo que o que fazemos como modo de vida é fundamental para alimentar muita gente”, explica. “Mas o crédito rural para agricultura familiar caiu muito no último ano.

”Há pelo menos duas gerações,  cultiva milho, feijão, mandioca, batata doce, inhame, hortaliças e frutas em sua pequena propriedade. O que sobra, vira renda – sai de Mutuípe, interior da Bahia, para ser vendido em feiras livres, centros de distribuição, abastece escolas e chega até a capital

.Comida e políticaOs agricultores familiares também lamentam a pouca representatividade em Brasília. Depois da extinção do Ministério de Desenvolvimento Agrário, em 2016, que era voltado para agricultura familiar, uma secretaria especial, ligada à Casa Civil, foi criada. 

Ela está fora da alçada do Ministério da Agricultura, comandado por Blairo Maggi, que ficou conhecido como “rei da soja”.“Isso diminuiu o status da importância da agricultura familiar”, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag). 

“Está claro que o Ministério da Agricultura, que é dos grandes produtores e tem grande bancada no Congresso Nacional, se sobrepõe”, afirma. “A bancada ruralista diz que está defendendo todo mundo. Mas não nos sentimos representados

O texto aborda a recuperação da economia brasileira em 2018, destacando o papel central do agronegócio, especialmente a produção de commodities como soja e milho, que têm sido impulsionadas pela demanda internacional, principalmente da China. 

No entanto, apesar do crescimento do agronegócio, a agricultura familiar continua sendo fundamental para a segurança alimentar do país, responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros, segundo dados do IBGE.

A agricultura familiar, que envolve pequenos produtores que cultivam uma variedade de alimentos como mandioca, feijão, arroz, milho, leite e batata, enfrenta desafios como a redução do crédito rural e a falta de representatividade política.

 A extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário em 2016 e a criação de uma secretaria especial vinculada à Casa Civil são vistas como uma diminuição da importância dada à agricultura familiar. Além disso, há uma percepção de que o Ministério da Agricultura, liderado por Blairo Maggi, conhecido como "rei da soja", prioriza os interesses dos grandes produtores em detrimento dos pequenos agricultores.

Apesar dos incentivos federais, como o Plano Safra da Agricultura Familiar, que destinou R$ 30 bilhões para o setor até 2020, os agricultores familiares ainda enfrentam dificuldades para acessar crédito e recursos.

 A falta de representação política e a percepção de que a bancada ruralista no Congresso Nacional não defende seus interesses são pontos de insatisfação entre os pequenos produtores.

Em resumo, enquanto o agronegócio impulsiona a economia brasileira com foco na exportação de commodities, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na alimentação da população, mas enfrenta desafios estruturais e políticos que limitam seu desenvolvimento e reconhecimento,,

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