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12 Jan
Crise capitalista, pandemia, militarização e guerra isso e so o comeco!

Os planos da oligarquia capitalista para “sair” da crise e conservar o poder: destruição de capital e evitar a revolução. A experiência de controle social do Covid 

Nos dois relatórios políticos da Coordenação de Núcleos Comunistas analisam-se os grandes acontecimentos recente – a gestão do Covid e a guerra da NATO contra a Rússia – de forma integral, ou seja, inscritos na crise geral do modo de produção capitalista e em especial do núcleo central do imperialismo, os EUA e a UE.

Esta crise, a maior da história do capitalismo, verifica-se quando se efetuou uma inédita centralização do capital em todas as suas formas, acelerada pelos avanços científico-técnicos da 4ª revolução industrial (informática, robótica, inteligência artificial, neuro-ciência).

A oligarquia, que através dos grandes fundos de investimento controla os centros chave do capital financeiro, industrial e comercial, tem hoje na sua mão os instrumentos para implementar, através dos governos ao seu serviço, as decisões políticas necessárias para cometer as transformações com que o capitalismo enfrentou todas as suas grandes crises: destruição em grande escala do capital menos competitivo, aceleração da concentração das grandes empresas em cada vez menos mãos e “saneamento” do mercado para começar de novo, mudando as regras do jogo.Para entender melhor este processo é útil recordar a chamada “reconversão industrial” dirigida pelo PSOE nos anos 80 no Estado espanhol, com o engodo da entrada na Comunidade Europeia. Com esse cínico nome cometeu-se a destruição maciça da indústria pesada, da mineração, da agricultura e da pecuária, acompanhada da privatização de grandes empresas públicas. Então, esse processo que destruiu em grande escala nosso tecido produtivo e que foi acompanhado da precarização generalizada das relações laborais, contou com a cumplicidade subornada das direções da CC.OO e UGT que dividiram e debilitaram a resistência operária.

Algo parecido, só que a uma escala muito maior e, como dissemos, com os recursos técnicos da chamada quarta revolução industrial, é o que o Fórum Económico Mundial, estado maior do capitalismo “ocidental”, chama “a Grande Reinicialização”, uma paráfrase do que então se chamou “reconversão”.Trata-se agora da liquidação maciça de empresas e de postos de trabalho; trabalho humano substituído pela digitalização, pela robótica, etc. Isto supõe, está a supor, o afundamento na paralisação, sem expectativa alguma de conseguir um emprego, de milhões e milhões de trabalhadoras e trabalhadores e a privação de futuro à juventude.É evidente que esta situação, que se apresenta como irreversível, vai produzir revoltas sociais generalizadas que podem desembocar em processos revolucionários. Aqueles que estão a conceber o “Great Reset” sabem-no perfeitamente

.A preocupação maior das classes dominantes, ao longo da história do capitalismo e agora com mais razão, é impedir que o cumprimento do seu objetivo prioritário de maximizar lucros incrementando a exploração, possa conduzir a que a insurreição daqueles que não têm mais do que a sua força de trabalho para sobreviver lhes arrebate o poder.É neste quadro que se inscreve a experiência maciça de controle social que implicou, à escala mundial, a gestão da pandemia Covid

. A fabricação do micro-organismo “com ganho de função”, ou seja, com um aumento artificial da sua capacidade patogénica num laboratório de armas biológicas dos EUA, e a sua colocação em circulação à escala planetária, permitiram implantar medidas de militarização em grande parte dos países, sobretudo nos EUA e na UE.A centralização do poder económico nos grandes fundos de investimento implica o controle das grandes multinacionais farmacêuticas e, através delas, da OMS, das agências de medicamentos, sobretudo a FDA (EUA) e a EMA (UE) e dos grandes meios de comunicação e redes sociais. Tudo isso tornou possível que de forma centralizada, coordenada e com disciplina militar se impusesse a censura, se gerasse o pânico e se dessem ordens que os governos subornados aplicaram.

A psicose de terror diante do Covid e as brutais medidas repressivas impostas, que incluíram a ocupação pelo exército e corpos repressivos de povoados e cidades, tornaram possível que se aceitassem sem grande resistência medidas que até agora só se tomavam em tempos de guerra, tais como o confinamento e a paralisação da economia ou a suspensão de direitos e liberdades fundamentais.Estes factos conduziram à destruição de milhares de pequenas e médias empresas e permitiram às classes dominantes comprovar até que ponto podem reduzir as sociedades a uma massa informe de seres submissos, capazes inclusive de exercer as denúncia e a repressão contra aqueles que não aceitaram tornarem-se vassalos. Tal como nos melhores tempos do fascismo.

 A oligarquia reunida no Fórum Económico Mundial de Davos de 2021 não cabia em si de gozo ao comprovar a eficácia do disciplinamento social e, ao mesmo tempo, o rápido avanço da digitalização, do trabalho telemático, da implantação do passe Covid, do uso maciço do cartão bancário – precedentes de mecanismos de controle de populações – ou a generalização das compras pela Internet. Mas, sobretudo, o confinamento acelerou exponencialmente o uso de redes sociais, a visualização de séries e, especialmente nos mais jovens, dos jogos “on line”, cujas plataformas e conteúdos, produzidos pelas grandes empresas tecnológicas, permitem a evasão maciça de uma realidade cada vez mais hostil e conduzem ao isolamento destruindo as relações sociais.O aumento espetacular dos suicídios, principalmente na juventude, inclusive em crianças cada vez mais pequenas, ou o incremento do consumo de ansiolíticos e anti-depressivos, são, provavelmente, as consequências mais dramáticas sobre a mente humana da implantação de formas de vida que convertem as pessoas numa espécie de zumbis solitários e são instrumentos fundamentais para implantar seu projeto de dominação sem resistência.Todos estes mecanismos focam-se sobretudo na juventude, nos filhos e filhas da classe operária aos quais esta “reconfiguração” do capitalismo não oferece futura algum e que deveriam ser os principais protagonistas da resistência. Sua auto-exclusão da vida social e sua aniquilação como seres pensantes, incapazes de tomar decisões, que estão a ser alimentados pela introdução maciça de drogas nos bairros operários, é condição chave para a implantação deste projeto criminoso de destruição social.Esta é a materialização do lema macabro da Agenda 2030: “não terás nada e serás feliz”.

II. O silêncio cúmplice das organizações da classe operária

Esta análise é imprescindível para as organizações revolucionárias. Dela e da identificação do papel complementar a militarização social e da guerra, deveriam deduzir-se as linhas políticas fundamentais para organizar a resistência. Salvo raríssimas exceções, esta análise não foi efetuada.Antes pelo contrário. Não só a esquerda institucional, a política e a sindical, atuaram como cúmplice necessário e privilegiado, incluídas as auto-proclamadas esquerdas independentistas que serviram de aríete decisivo para a implementação das medidas repressivas mais brutais. Tão pouco a imensa maioria das organizações anarquistas e comunistas atreveram-se a levantar a voz.Renegando toda a análise materialista anterior que identificava as multinacionais farmacêuticas como executoras de todo tipo de crimes contra a população, recorrendo à corrupção sistemática de políticos e pessoal médico para vender fármacos cujos graves efeitos adversos eram ocultados mediante ensaios clínicos truncados, renegando desta análise, aceitou-se sem crítica o discurso oficial. Não só não se levantaram vozes para denunciar a subjugação de direitos e liberdades: o atentado contra a classe operária que implicou o confinamento ou a coerção brutal à vacinação contra as trabalhadoras e trabalhadores precários que tiveram de inocular-se para não perder o posto de trabalho.

 Fez-se algo mais.

 Membros destacados destas organizações atuaram como censores e caluniadores daqueles que discordavam, fazendo seus os mesmos epítetos usados pelos grandes censores: negacionistas, não solidários, anti-vacinas ou colaboradores da extrema-direita.

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