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19 Feb
CHEFE DE QUADRILHA QUE VAZOU  ROBERTO CAMPOS NETO DO BC  FAVORECEU A GOOGLE,

Campos Neto e o favorecimento da Google

O ponto é que Campos Neto tem anunciado aos quatro ventos que tal novidade vai ser efetuada em uma parceria do BC com uma das gigantes do mundo de dados e do universo digital, a Google. 

Uma loucura! Imaginem qual seria o valor potencial a ser oferecido de bandeja a uma das maiores empresas do mundo a troco de nada. Tudo indica tratar-se de uma enorme negociata, sempre às custas da grande maioria da população, em benefício da apropriação privada de informações públicas e sigilosas.

A decisão de conferir a exclusividade no manuseio e na operação de um sistema que movimenta quase 230 milhões de operações a cada 24 horas é um crime contra a maioria da sociedade.

 Afinal, segundo OS NUMEROS  em apenas um dia o PIX tem movimentado algo que se aproxima a R$ 120 bilhões. Isso significa uma soma mensal superior a R$ 3 trilhões. 

O nível de escândalo de é de tal ordem que o presidente do BC deixou – aos 45 minutos do segundo tempo de seu mandato à frente do órgão — a divulgação de sua intenção de realizar tal falcatrua. 

 “Não é que vai estar tudo funcionando na semana que vem, porque as pessoas precisam entrar, cadastrar (…) Mas vai estar funcionando muito em breve, ele é implementado meio de forma faseada” (…)O anúncio já foi realizado de forma ampla ..

As relações incestuosas entre o capital financeiro e uma parcela da alta tecnocracia ocupando cargos estratégicos à frente do Estado é antiga. No entanto, o grau de ousadia que essa gente adota na implementação de arremedos de políticas públicas de modo a favorecer o grande capital é mesmo impressionante.

 A sociedade brasileira precisa demonstrar, de forma urgente, toda a sua indignação frente a esse tipo de negociata

.Com a palavra Gabriel Galípolo, que foi indicado pelo presidente Lula para substituir Campos Neto à frente do órgão regulador e fiscalizador do sistema financeiro. Ele já teve seu nome sabatinado e aprovado pelo Senado Federal e deve tomar posse no novo cargo a partir de janeiro do próximo ano. 

O futuro dirigente não pode passar pano para tal medida e precisa urgentemente se posicionar a favor de uma discussão ampla e transparente a respeito de tal favorecimento inexplicável a um dos maiores conglomerados globais.

O PROCESSO DE FINACEIRIZACAO 

O processo de financeirização que vem se aprofundando na economia e na sociedade brasileiras ao longo das últimas décadas tem provocado um conjunto amplo de consequências.

 A dominância do elemento financeiro sobre as demais atividades econômicas é bastante expressiva e termina por esmagar qualquer tentativa de se escapar à lógica das finanças sobre a produção, o comércio, os serviços e a cidadania.

Um dos aspectos que derivam de tal movimento é o processo contínuo e robusto de bancarização das pessoas e das empresas.

 A disseminação das atividades cotidianas envolvendo algum tipo de dependência junto aos bancos ganhou ainda mais fôlego com o avanço da digitalização e do acesso cada vez mais universalizado aos telefones celulares e à rede de informática

.Apontam para uma ampliação crescente do número de pessoas que operam com contas bancárias, índice que atinge por volta de 90% do total de pessoas adultas. Por outro lado, o número de contas bancárias ativas supera a casa de 1,2 bilhão, número esse que engloba também as contas de natureza comercial. 

Esta tendência tem provocado mudanças significativas nos hábitos culturais e negociais de forma generalizada, com efeitos positivos de inclusão financeira e digital, mas introduzindo também um agravamento da dependência da população de forma geral aos bancos e ao universo do financismo.

PIX e inclusão bancária

Concomitantemente a tal processo, o BC promoveu uma importante inovação tecnológica, que permitiu uma redução das despesas dos usuários com relação a uma parcela dos serviços prestados pela banca. Trata-se do sistema PIX, que propicia a realização de transferências interbancárias de valores monetários de forma ampla e gratuita.

 Afinal, até então os bancos cobravam valores elevados dos clientes para realizar uma modalidade semelhante deste tipo de serviço. A aceitação do novo modelo foi bastante expressiva e segmentos sociais até então bastante marginalizados da esfera bancária passaram a usufruir dos aspectos positivos de tal mecanismo de inclusão.

No entanto, o fenômeno não passou desapercebido dos grupos interessados em elevar ainda mais os seus ganhos. Assim, iniciou-se um movimento para eliminar a gratuidade de tais operações. Alguns dirigentes no interior do financismo mal escondem seus desejos para introduzir, de forma descarada, a mercantilização completa também neste segmento. “a gratuidade ajudou muito a disseminação do método. 

Mas alguém em algum momento vai fazer a conta de quanto vale o PIX e que não pode ser grátis por toda vida. Vai perceber que é uma empresa que vale um ‘dinheirão’ ” (…)

Gustavo Franco e a privatização do PIX

Mas a intenção de se apropriar de informações relativas às movimentações efetuadas no interior do sistema bancário e financeiro vai muito além. 

Trata-se de transformar em termos legais e institucionais tudo aquilo que já é efetuado de forma irregular e à margem de uma regulamentação pública inexistente

. Refiro-me ao volume impressionante de dados que as grandes empresas do sistema – as chamadas “big techs” – manipulam e comercializam sem qualquer autorização ou conhecimento por parte dos usuários.

Com a palavra o próprio banqueiro, que manifesta um sincericídio sem a menor preocupação com a repercussão escandalosa daquilo que termina por expressar na entrevista:(…) “

Isso é uma discussão de valor do trabalho parecida com a do começo do século XIX. Ninguém duvida que uma amostra de seu sangue é um dado pessoal seu, um pedaço de seu corpo.

 Agora os seus dados com seu banco, sua saúde, eles não são parte do seu corpo.

 É dado transacional, e sua transação bancária é tanto sua como do seu banco” (…)Desta forma, tudo indica que esse tipo de concepção parece ter avançado sobre o corpo e a mente do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto QUE E UM PILANTRA A SERVICO DA BURGUESIA ,,

. Não satisfeito com os aspectos positivos trazidos pelo modelo do PIX, ele resolveu inovar nos últimos dois meses que ainda lhe restam no cargo. 

Sob o pretexto de uma suposta modernização do sistema, ele propõe uma mudança radical na concepção do mesmo. Trata-se de introduzir a possibilidade de realizar as transferências pelo processo de aproximação física do telefone celular, sem a necessidade de digitar as informações no aparelho.

 Até aí, em tese, nada problemático. Afinal, trata-se de promover uma inovação que já existe em outras operações e que facilitaria a vida dos cidadãos


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