Reino Unido julga recurso dos EUA para extraditar Assange
Washington recorre da decisão britânica de não extraditar o fundador do WikiLeaks
O Judiciário do Reino Unido começa a decidir na quarta-feira, 27 de outubro, sobre recursos apresentados pelos Estados Unidos contra a decisão britânica de não extraditar Julian Assange. Os estadunidenses oferecem permitir que o fundador do WikiLeaks cumpra sua pena em seu país natal, a Austrália, e outras ofertas, como o não uso das diretrizes de detenção de segurança máxima.
Os EUA afirmam que Assange conspirou com a analista de inteligência Chelsea Manning para obter informações secretas e defendem que ele responda por acusações do Ato de Espionagem, entre outras acusações. Nos EUA, o jornalista do WikiLeaks pode ser condenado a até 175 anos de detenção.
Para tentar reverter a decisão britânica de não extraditar Assange, Washington oferece um pacote de supostas garantias.
A decisão ocorre após investigação do Yahoo Newsrevelar que as autoridades estadunidenses. As medidas teriam sido discutidas após o WilkiLeaks publicar informações confidenciais da CIA durante o governo de Donald Trump.
"Espero que o tribunal chegue à decisão correta e mantenha a decisão do tribunal magistrado de que ele não deve ser extraditado. Essa é a única decisão viável porque, senão, teria um impacto devastador sobre o futuro do jornalismo", apontou Kristinn Hrafnsson, editor do WikiLeaks,
Partidários da liberdade de Assange simularam seu julgamento no Tribunal de Belmarsh, em referência ao nome da prisão britânica de segurança máxima que detém o jornalista,
“Julian [Assange] não só não deveria ser acusado. Ele deveria ser declarado um herói ”, disse o escritor Tariq Ali no evento. “Ele nunca deveria ter estado na prisão por incumprimento [de fiança]. Ele também não deve estar na prisão agora, enquanto aguarda o julgamento de extradição. Ele deveria ser dilberado."