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07 Apr
Casa Branca tenta usar a região como “laboratório” para sua política externa truculenta e barrar a crescente influência da China.

Velhas táticas de coerção econômica, migração e “guerra às drogas” são recicladas – agora, não para manter hegemonia, mas para recolonização

  1. essa crítica reflete uma visão comum em análises geopolíticas críticas, especialmente em círculos anti-imperialistas e do Sul Global. 

  2. Os EUA, historicamente, usaram a América Latina como um "laboratório" para suas estratégias de dominação – desde golpes de Estado (como na Guatemala em 1954 ou no Chile em 1973) até intervenções disfarçadas de "guerra às drogas" ou "combate ao terrorismo".

  3. Agora, com a ascensão da China como parceira comercial e investidora na região, os EUA estão reativando velhas táticas, mas com novos pretextos.

    Como os EUA estão tentando recolonizar a região?

    1. Guerra Híbrida e Coerção Econômica

      • Sanções contra Venezuela, Cuba e Nicarágua, pressionando países que não se alinham.

      • Acordos como o USMCA (T-MEC) no México, que incluem cláusulas para limitar parcerias com a China.

      • Ameaças de retirada de investimentos ou acesso a mercados se países latino-americanos aprofundarem laços com Pequim.

    2. Militarização e "Guerra às Drogas" 2.0

      • Aumento da presença militar dos EUA na região (Colômbia, Honduras, Porto Rico) sob o pretexto de combate ao narcotráfico, mas com efeitos colaterais de repressão interna e controle geopolítico.

      • Grupos como as Forças Especiais dos EUA (SOUTHCOM) atuando como braço de inteligência e intervenção indireta.

    3. Manipulação de Fluxos Migratórios

      • Políticas migratórias dos EUA (como o Título 42 ou acordos com México e América Central) criam crises humanitárias que desestabilizam governos progressistas.

      • Migração forçada é usada como arma política (ex.: Haiti, Venezuela), enquanto os EUA fecham suas fronteiras e culpam os governos locais.

    4. Golpes Suaves e Lawfare

      • Apoio a oposições midiáticas e judiciais para desestabilizar governos (casos como Bolívia em 2019 ou Brasil com Lula e Dilma).

      • Uso de ONGs e fundações "democratizantes" (como a NED) para financiar grupos aliados.

    5. Discurso de "Democracia vs. Autoritarismo"

      • Os EUA se apresentam como defensores da democracia, mas apoiam ditaduras quando convém (ex.: Honduras pós-golpe 2009, Paraguai em 2012).

      • A China, em contraste, não impõe condicionalidades políticas em seus investimentos (o que atrai governos cansados do FMI e do Banco Mundial).

  4. Por que isso é uma "recolonização"?

    • Não se trata mais de ocupação militar direta (como no século XIX), mas de controle indireto:

      • Dependência econômica (via dívida, tratados desiguais).

      • Domínio da segurança (militarização e treinamento de elites locais pró-EUA).

      • Guerra de narrativas (a mídia ocidental criminaliza a China enquanto branqueia a exploração histórica dos EUA).

  5. A China como Contrapeso (e o Pânico dos EUA)

    • A China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, Chile, Peru e outros, oferecindo empréstimos sem as amarras do FMI.

    • Projetos como a Nova Rota da Seda (investimentos em infraestrutura) ameaçam o monopólio dos EUA.

    • A estratégia dos EUA, portanto, é sufocar alternativas antes que a região escape de sua órbita.

  6. Conclusão

    A Casa Branca não quer só "conter" a China – quer recolonizar a América Latina sob um novo modelo: neoliberalismo militarizado, onde os países são forçados a obedecer ou sofrer sanções, desestabilização e perda de soberania

  7. . A resistência depende da união regional (como a CELAC) e da diversificação de parcerias, rompendo com a histórica dependência dos EUA.Se quiser aprofundar em algum caso específico (Haiti, Venezuela, México), posso detalhar mais.

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