BRASIL FAVORECE O SUPER ENDIVIDAMENTO O POVO FAZ EMPRESTIMO PARA COMPRAR COMIDA
BRASIL FAVORECE O SUPER ENDIVIDAMENTO O POVO FAZ EMPRESTIMO PARA COMPRAR COMIDA
30 Nov
Mais pobres se endividam para comprar comida e pagar contas, enquanto ricos gastam para empreender
Considerando todas as classes, 42% afirmam ter alguma dívida atrasada em função de empréstimos tomados nos últimos meses, revela estudo feito pelo instituto de pesquisas Plano CDE. Endividamento da população C, D e E também indica “a situação grave” do país
Brasil favorece o superendividamento
“O consignado do Auxílio Brasil só vai fazer com que as famílias se enrolem ainda mais”, adverte Prado. De forma geral, 42% confirmaram ter alguma dívida em atraso, segundo a pesquisa.
Ao todo, foram consultadas 2.370 pessoas maiores de 18 anos, de todas as classes sociais, nacionalmente.
A pesquisa foi feita entre 26 de julho a 9 de agosto de 2022. Para definir as classes D e E, o estudo considerou domicílios com renda familiar de até R$ 2 mil.
Aqueles na faixa de R$ 2 mil até R$ 3 mil foram classificados como C2. Já as residências com renda de R$ 3 mil a R$ 6 mil são C1.
E as classes AB são formadas por lares com renda acima de R$ 6 mil.
ainda que cerca de 50% das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano.
Nesse caso, a principal fonte para a busca dos recursos entre os mais pobres são familiares e amigos e, só depois, bancos digitais e tradicionais.
A situação reflete um cenário de crescimento econômico baixo, com inflação alta e um mercado de trabalho precarizado e informal que força com que o crédito seja cada vez mais utilizado como um complemento à renda da população com menor poder aquisitivo.
“O crédito como complemento de renda é um caminho quase certo para o superendividamento”, garante o especialista. Tirar de onde não tem
Até 50% dos entrevistados mais pobres, das classes D e E, confirmaram que tiveram de reduzir a compra de comida para pagar uma dívida.
É comum também que as famílias busquem fazer horas extras, bicos e trabalhos temporários (56%) ou vender seus bens, como carros, móveis ou eletrodomésticos (28%), para quitar os débitos.
O levantamento também chama atenção para a falta de renda que impede a formação de poupança, principalmente entre os mais pobres. Nos últimos 12 meses, cerca de 50% da população teve gastos maiores do que a renda, sendo 37% nas classes A e B e 48% a 55% nas C1 e C2. Esse percentual chega a 60% nas D e E