E sempre o mesmo no discurso a outra e a prática Durante sua campanha presidencial, o presidente estadunidense Joe Biden assegurou que seu governo teria entre suas prioridades a busca por uma política de diminuição das emissões de gases e a promoção do uso de energia limpa, abandonando os chamados “combustíveis fósseis”, para tentar reverter as consequências da crise climática no planeta.
No entanto, os primeiros seis meses de sua administração mostram outra realidade: Entre janeiro e julho de 2021, os Estados Unidos entregaram cerca de 2,5 mil licenças para a perfuração e extração de combustíveis fósseis, das quais pouco mais de 2,1 mil foram autorizadas já durante a administração do político do Partido Democrata – que tomou posse no dia 20 de janeiro.
Mas a presença de Kerry não serviu para frear as concessões de licença para exploração de petróleo e gás em terras públicas. Pelo contrário, elas dispararam após a sua chegada. O próprio levantamento da Associated Press, contém análises de especialistas estadunidenses afirmando que a administração de Biden simplesmente manteve a tendência iniciada durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, que reduziu o tempo necessário para revisar os pedidos de exploração.
O levantamento mostra que durante as primeiras semanas de governo de Biden, o ritmo de pedidos aceitos diminuiu graças a um pedido temporário do presidente. No entanto, ele foi retirado pouco tempo depois, fazendo com que os números mensais ultrapassassem os da maior parte da administração de Trump.
A revelação dessas autorizações causou revolta em vários ativistas ambientais em todo o mundo. Entre das primeiras vozes críticas a reagir foi a da jovem ambientalista sueca Greta Thunberg, quem afirmou em sua conta de Twitter que, com este ritmo de novas explorações de jazidas de combustíveis fósseis, “não estamos apenas subsidiando a crise climática e ecológica, estamos acelerando o processo”.