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05 Mar
05Mar

A nova fase da guerra comercial de Donald Trump começou esta semana e está se desenrolando em várias frentes ao mesmo tempo.Novas tarifas foram anunciadas contra os maiores parceiros comerciais dos EUA: México, Canadá e China.

As tarifas têm como alvo diferentes setores da economia dos países, e esses países já anunciaram medidas retaliatórias que afetarão as importações dos EUA.China: Abrindo caminho da guerra comercial para uma guerra real? Nesta semana, o primeiro a cair na "paixonite" de Trump foi a China, para quem o republicano dobrou as tarifas sobre seus produtos, elevando-as de 10% para 20%.

O presidente dos EUA justificou sua decisão pelo "fracasso" de Pequim em tomar medidas para impedir o fluxo de drogas, particularmente fentanil, para os EUA, o que ele descreveu como "uma ameaça incomum e extraordinária" à nação norte-americana.Em resposta às medidas tarifárias de Trump, Pequim anunciou na terça-feira tarifas adicionais sobre importações de vários produtos americanos: taxas de 15% sobre frango, trigo, milho e algodão, e 10% sobre soja, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios."

Se os EUA querem uma guerra, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.Enquanto isso, o Departamento de Defesa dos EUA disse estar "preparado" para uma possível guerra com a China. "Aqueles que buscam a paz devem estar preparados para a guerra", o chefe do Pentágono, Pete Hegseth. México: Um golpe para a indústria automotiva?

Apesar do progresso do México em segurança e migração, Trump confirmou que tarifas de 25% sobre produtos do México entrarão em vigor a partir desta terça-feira. 

Na terça-feira, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum anunciou que responderá com medidas tarifárias e não tarifárias que serão anunciadas no próximo domingo.

Quanto aos principais setores econômicos que serão afetados pela medida, o mais importante é a indústria automotiva, incluindo carros, peças e veículos, que representam uma parte significativa das exportações mexicanas para os EUA

.A indústria alimentícia também é destacada  como uma das que   PODE AFETAR A POPULACAO  COMO TODO  aumento considerável devido às tarifas . Em 2023, foram exportados US$ 12 bilhões em frutas e vegetais. Um setor fundamental para o México, que também se destaca por ser o  maior produtor mundial de abacate , alimento  frequentemente  nas prateleiras dos Estados Unidos. E nos últimos anos as vendas aumentaram consideravelmente.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, também que Trump adiará as tarifas sobre carros do México e do Canadá por um mês, após um pedido de três fabricantes de automóveis dos EUA.Canadá: Trump quer enfraquecer a economia de seu vizinho do norte?Além do México, o líder norte-americano também anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e de 10% sobre produtos energéticos canadenses.

 Enquanto isso, o Canadá DEU O TROCO. tarifas retaliatórias  sobre produtos dos EUA  na terça-feira  . Uma tarifa de 25% sobre C$ 30 bilhões (US$ 20 bilhões) em produtos dos EUA entrará em vigor imediatamente, enquanto outros C$ 125 bilhões (US$ 86 bilhões) em produtos serão atingidos pela mesma tarifa dentro de três semanas, disse o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau."

Os Estados Unidos lançaram uma guerra comercial contra o Canadá ", disse Trudeau, anunciando tarifas retaliatórias. O presidente  que, embora acredite que Trump seja um  "cara inteligente ", as tarifas são  "uma coisa muito estúpida " . "O que eles querem é ver um colapso completo da economia canadense, porque  isso tornará mais fácil nos anexar", disse ele. A reação de Trump às tarifas retaliatórias do Canadá não demorou a chegar. 

"Por favor, explique ao governador Trudeau do Canadá que quando ele aplicar uma tarifa retaliatória aos EUA, nossa tarifa recíproca aumentará imediatamente em um valor semelhante!",    no Truth Social no mesmo dia.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, Trump está considerando aliviar as tarifas sobre o México e o Canadá. Ele disse que as tarifas provavelmente  estariam "em algum lugar no meio" entre as tarifas máximas e atuais,  e que o presidente dos EUA "agiria com os canadenses e os mexicanos, mas não totalmenteA nova fase da guerra comercial iniciada por Donald Trump está gerando tensões significativas entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais: China, México e Canadá. 

As medidas tarifárias impostas pelos EUA têm como objetivo proteger a economia norte-americana, mas estão provocando reações imediatas e retaliações por parte dos países afetados, o que pode levar a um agravamento das relações comerciais e até mesmo a conflitos mais amplos.

China: Uma escalada perigosa

A China foi o primeiro alvo das novas tarifas de Trump, com um aumento de 10% para 20% sobre produtos chineses. 

A justificativa do presidente dos EUA foi o suposto "fracasso" da China em conter o fluxo de drogas, como o fentanil, para os Estados Unidos. Em resposta, a China impôs tarifas adicionais sobre produtos agrícolas e pecuários dos EUA, como soja, carne suína e laticínios, o que pode afetar diretamente os agricultores americanos.

A retórica entre os dois países tem se intensificado, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarando que o país está pronto para qualquer tipo de guerra, seja comercial ou de outro tipo. Enquanto isso, o Departamento de Defesa dos EUA afirmou estar preparado para um possível conflito militar, o que eleva o nível de tensão entre as duas maiores economias do mundo.

México: Impacto na indústria automotiva e alimentícia

O México também foi alvo de tarifas de 25% sobre seus produtos, apesar dos avanços do país em questões de segurança e migração. A indústria automotiva, que é um dos pilares da economia mexicana, será uma das mais afetadas, já que os EUA são o principal destino das exportações de carros, peças e veículos do México. Além disso, o setor alimentício, especialmente frutas, vegetais e abacates, também sofrerá impactos significativos, o que pode levar a um aumento nos preços desses produtos nos EUA.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, anunciou que o país responderá com medidas tarifárias e não tarifárias, que serão detalhadas em breve. Apesar disso, a Casa Branca indicou que as tarifas sobre carros mexicanos e canadenses podem ser adiadas por um mês, após pressão de fabricantes de automóveis dos EUA.

Canadá: Retaliações imediatas

O Canadá não ficou para trás e respondeu rapidamente às tarifas impostas por Trump. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou tarifas retaliatórias sobre produtos americanos, incluindo uma taxa de 25% sobre C30bilho~es(US30bilho~es(US 20 bilhões) em importações dos EUA. Trudeau criticou as medidas de Trump, chamando-as de "estúpidas" e sugerindo que o objetivo dos EUA seria enfraquecer a economia canadense para facilitar uma possível anexação.Trump respondeu às retaliações do Canadá com ameaças de aumentar ainda mais as tarifas sobre produtos canadenses, mantendo o tom agressivo que caracteriza sua política comercial.

 No entanto, há indícios de que o governo dos EUA possa reconsiderar as tarifas sobre México e Canadá, buscando um meio-termo que evite danos maiores às relações comerciais na região.

Conclusão

A guerra comercial de Trump está se desenrolando em múltiplas frentes, com impactos significativos sobre a economia global. As retaliações dos países afetados mostram que as medidas protecionistas dos EUA podem ter consequências negativas para a própria economia norte-americana, especialmente em setores como agricultura e indústria automotiva. 

Além disso, a escalada retórica entre os EUA e a China levanta preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo, o que poderia ter implicações graves para a estabilidade global.Enquanto isso, México e Canadá buscam proteger suas economias e manter suas relações comerciais com os EUA, mas as tensões continuam a crescer.

 A situação exige diplomacia e negociação para evitar danos maiores às economias e às relações internacionais

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